quarta-feira, julho 11

Cerejas.






Não. Não preciso de um sonho. Nem de um sonho nem de palavras. Sinto-te. Inesperadamente vieste até mim. Não me mexi. Ou se me mexi ninguém notou, tu não notaste. E se me mexi foi inocentemente. Ou, talvez, não. Mas isso não importa, o que importa é que vieste. Vieste e não sei se vais ficar... Há cerejas em cima da mesa. Podemos come-las juntos, se quiseres. Uma por uma. E quando acabarem eu vou buscar mais e comemos, só para não te ver levantar e ir embora. Não quero que vás. Quero que fiques… Comigo. Sim, (agora) sei que quero que fiques comigo. Fita-me com esses teus olhos, da maneira que sempre me fitaste. Toca-me da maneira que sempre me tocaste e, que me faz sentir-te tão perto e que me acelera o coração. Gosto de sentir a tua mão nas minhas costas com segurança e de sentir a tua respiração, compassada, no meu cabelo. Ignorei, muitas vezes, os teus gestos, as tuas tentativas. Eu sei. E podia ter sido diferente. Mas se não foi é porque não tinha de o ser. É porque, os momentos são como as cerejas, tem de se esperar pela altura certa para os apanhar… Mas agora não me deixes. Ainda há cerejas na mesa. E eu não sei se vais ficar, se queres ficar. Mas se for só pelas cerejas, eu não as deixo acabar, nunca... Para que fiques comigo.


Sem comentários:

Enviar um comentário

QUEM CÁ ESTÁ?



Não te esqueças de deixar a tua opinião/comentário (assinada/o) no meu blogue.
Prometo visitar-te e retribuir.