domingo, julho 22

Fantasmas.




      É meia-noite. E eu não consigo dormir, ainda. Esta dúvida não mata, mas mói. E sem razão aparente, eu penso e repenso se, todos estes passos me movem. Não quero andar sem sair do sítio. Quero caminhar e seguir uma direção que me leve. Que apenas me leve. Porque os medos são fantasmas e, não se vão só por ir. Tu podias afugentar-me os fantasmas. Talvez, assim, eu adormecesse. Mas eu, ainda não tenho a certeza se tu queres fazer parte da minha estória de fantasmas, porque eles são assustadores. As horas passam e eu não consigo dormir... E eu preciso que fiques comigo, não quero ter medo. Não quero ter medo, esta noite. Quando for escuro e tu não estiveres comigo. Por isso, vem. Anda para aqui, para o meu lado. E deixa-me adormecer, aqui, assim, contigo. Porque contigo eu não vou ter medo e vou poder, finalmente, adormecer. Porque contigo, os fantasmas vão embora e, já não voltam mais esta noite. Por isso, vem. E, quando o sol nascer, não vás embora. Porque os fantasmas também vêm de dia. E mesmo que eles não viessem, ou que não existissem, o que importa é que tu fiques, aqui, comigo.

    São duas e meia, e eu, finalmente, adormeci.


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