sábado, outubro 27

Estórias de amor (13)





     Depois de uns dias de silêncio, vieste desabafar comigo os teus problemas. Ouvi-te, pacientemente, com o coração nas mãos e, disse-te o que sinceramente pensava sobre o assunto, mesmo sabendo que, provavelmente, não era benéfico para o meu coração. Obriguei-te a pensar sobre tudo e fiz-te ver as coisas nuas e cruas. E, pacientemente, esperei o resultado da resolução dos teus problemas. 
     No meio disto tudo, começaste a falar sobre nós, como se um nós ainda existisse no presente. Tentei adiar a tua curiosidade o mais que pude, até que, dias depois, voltaste a insistir e a questionar-me. Fiquei entre a espada e a parede e, acabei por vomitar tudo aquilo que, à demasiado tempo, tinha para te dizer. Veio a enxurrada de perguntas atrás de perguntas. De explicações que eu não te podia dar, como se fosse tudo, demasiado simples. Larguei-te, novamente, uma bomba nas mãos, e tu, mais uma vez, não soubeste o que fazer com ela.
     Até hoje, continuas em silêncio. Não sei se arrumaste os assunto de vez. Se me apagaste de vez. Ou se estás à espera de conseguir compreender tudo, para depois podermos conversar, finalmente. O que eu sei é que, este teu silêncio, começa a consumir-me por dentro, dia após dia...




(Continua...)








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