sábado, julho 21

Papel de parede.




      Maldito o teu aroma que nele penetrou. Pensei em arranca-lo das paredes com as minhas próprias mãos mas, e quem o arrancaria de mim? Tudo o que me deste é mais bonito do que as flores nele desenhadas. Os contornos do meu mundo são agora imperfeitos. O cor-de-rosa é menos choque do que o choque da minha ilusão com a tua realidade. E, hoje eu apercebo-me de como este papel de parede é feio. De como as paredes se aproximam de mim, de forma esmagadora. E sufoco, Fecho os olhos. Mas, todas as vezes que os fecho tento procurar-te. Mas não te encontro. Na minha realidade, apenas encontro as minhas paredes forradas e preenchidas pela tua ausência e pelo teu silêncio mudo. E cada vez mais detesto este papel de parede. Além das flores, contém ilusões. Mas, agora, eu já só encaro realidades. 
      Hoje discuti com o meu papel de parede e, um de nós, teve de partir.


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