Fui apenas um pedaço de papel que acabaste de rasgar em mil pedaços. Desfaço-me nas tuas mãos, e tu nem entendes. Ou se entendes, finges que não. Já não sou mais do que um vestígio de momentos. Se me guardas no coração? Tu dizes que sim e que nada foi em vão. Mas mesmo, eu, sendo apenas pedaços agora, não quero que me deites fora, mas sim que me guardes contigo... Não abras as mãos e não deixes que nenhum pedaço voe ao vento. Não faças isso, é uma ordem. Agora as palavras ficaram em retalhos, em bocados desordenados e imperceptíveis, mas o seu significado ficou na tua memória, eu sei que ficou. Porque eu também não as esqueci, nem as esqueço. Porque estão tão vivas e tão presentes. Tu sim, estás ausente... Mas eu sei que vais voltar! Porque, um dia, tu vais lembrar-te da nossa história, incompleta, e vais voltar a juntar os pedacinhos. Vais colá-los e ordenados, um por um, de modo a que a nossa história renasça em ti e tu nela. E aí tu completas-me. E aí eu completo-te. Como sempre. Para sempre.
P.S. Estou à tua espera... Onde o meu mundo parou!
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