Estas recordações ainda me partem o coração. Porque tudo o que eu vivi contigo não morreu, ficou apenas esquecido neste canto frio. Dou por mim, oscilando em compassos meus, perdida onde não quero estar. Estou sem ti. Estou sem ti à tanto tempo... E estou sem mim. Porque uma parte de mim ficou contigo mesmo que não a tenhas guardado. Lembro-me de cada pedaço de ti. Intacto. E mesmo que já não te ame como amei, odeio-te, por vezes, a dobrar. Não me arrependo dos passos que dei. Contigo e sem ti... Se não os tivesse dado não sentiria esta saudade consumista d'alma. Porque é que o futuro não tem um preview? Um pequeno preview...
Caminho. As ondas do mar alcançam-me os pés. Sobem a duna e deixam-se absorver pela areia. Tal como tu me absorveste, quando escalei no teu mundo. Também eu submergi em ti e me afundei, morrendo em mim. Alguma vez terei vivido em ti? Pelo menos uma hora, sim. Unidos.
A maior encruzilhada é a que ora em mim. Todas as mentiras nunca foram verdades. E a tua falsa coragem nunca me encarou. Não me enfrentou, não me disse tudo o que não sentias (por mim). E eu vivi. Num mundo que nunca existiu em nós. Quando a magia se quebrou, a mentira partiu-se, tu partiste e eu fugi. Fugi, porque não sabia ficar onde não existia. E tudo teve um fim... Eu matei-te cá dentro. Matei-me por dentro. Morri. Mas as recordações e as saudades teimam em ficar... Em mim.
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