sábado, agosto 25

Estórias de amor (8)





       Nunca pensei que o passado me fosse telefonar. O telemóvel a tocar, o teu nome no visor, eu a ficar sem ar, especada a olhar... Não sabia se havia de atender ou de ignorar a tua chamada. E, quando me decidi a atender, tu desligaste. Mas o impulso levou-me a ligar-te de volta. Não me perguntes sobre tudo aquilo que conversámos porque, sinceramente, não me lembro. Tentei concentrar-me no assunto, para não te responder algo que não fizesse sentido mas... Mas, essa tua voz... Desde o momento em que atendeste, a tua voz, fez-me entrar numa hipnose sem explicação. Nunca me esqueci dela, nunca me esqueci desse teu jeito de falar, nem dessa tua ironia nas palavras. Foi como se continuássemos a falar desde sempre, como se o tempo tivesse parado e, tudo estivesse tal qual como deixámos. Apercebi-me que continuo a ter saudades tuas e, que gostei que me tivesses telefonado. Na verdade, desejei que nunca mais desligasses...

      Algumas horas depois, continuo a ouvir a tua voz dentro da minha cabeça. E, cada vez que o meu telemóvel toca, o meu coração dispara na ansiedade que sejas, novamente, tu. Eu não sei se tenho coragem para te (voltar) a ligar. Iria parecer-me absurdo e, no meio de tantas coisas que tenho para te dizer, não iríamos ter assunto para conversar. Por isso, continuo aqui, especada, a pensar no momento em que me vais ligar. Isto se o voltares a fazer...




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