Sabes, é bom conversar contigo... Continuo a dizer-te tantas coisas mas, nenhuma é sobre tudo aquilo que tenho para te dizer à tanto tempo... Eu queria ser capaz de te confessar tudo o que nunca te disse mas, ao mesmo tempo, nunca me parece o momento certo. Provavelmente nem haverá um momento certo. Mas a verdade é que, depois de me parecer tarde demais, agora, parece ser cedo demais para voltar a tocar no assunto...
Nós vivemos de desencontros. É verdade. Levámos todos estes anos a encontrarmo-nos e a desencontrarmo-nos e, nem agora que nos voltámos a encontrar nos conseguimos reencontrar. Eu gostava de te ver mas, ao mesmo tempo, tenho medo. Já não sei como é ver-te, nem tão pouco, como é estar contigo. Não sei se vamos ter assunto para falar ou se vou continuar com esta vontade incontrolável de te beijar... Tenho medo que o teu olhar me entre, novamente, pela alma adentro e me faça quebrar. Tenho medo de te ver e perder a coragem de te contar tudo aquilo que não sabes. Mas, agora, mesmo sem te ver, tenho medo que me leias. Que saibas que o que escrevo é para ti e sobre ti. Parece tudo tão evidente...
Gostava de saber o que vai na tua cabeça... Pareces-me tão diferente mas, no bom sentido. Penso que cresceste e amadureceste, ou então, foi a tua vida que tratou disso. E, apesar de toda essa tua agitação, em parte, trazes-me calma o que torna tudo ainda mais estranho. Tens uma vida completamente diferente. Diferente do que era antes e diferente da minha. E, sinceramente, isso assusta-me. Assusta-me porque torna tudo mais difícil de... De... Sei lá, de "acontecer". Não sei bem acontecer o quê, ou como, ou porquê mas, também nem sei porque é que me lembrei que pudesse, sequer, acontecer alguma coisa entre nós... Se calhar porque continuo com saudades e vontade de ti, do teu abraço e do teu beijo...
No meio de todos estes pensamentos, de todos estes sentimentos, sinto-me a enlouquecer todos os dias mais um pouco. Não sei o que pensar sobre tudo isto. Tantas perguntas e tão poucas respostas. A verdade é que nem sequer me apetece pensar em nada. Só em ti. Só no momento em que vou falar contigo novamente...
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