Hoje o céu recorta as estrelas. E eu daqui observo. Este desassossego aconchega-me a alma. Mantêm-me viva, mesmo que nesta profunda agitação de querer ser mais do que eu. Ultrapasso estes limites, os meus limites. Porque a loucura também se torna saudável. E este delírio não era mentira. Os meus sussurros leva-os o vento. Afinal, estas palavras já não são minhas e, já não têm para onde ir. Foram soltas ao vento, na esperança de que, os teus pensamentos as atraíssem. Mas não será tudo em vão? Eu vi-te desaparecer, magicamente, do meu lado e, agora não me lembro da magia que te faz voltar. Por isso, olho para as estrelas, na esperança de que elas levem o meu pedido. E é à noite, quando o silêncio se junta a mim e à lua, que eu te procuro em mim, como se fosse difícil encontrar-te. Engano-me para que não seja tão fácil amar-te (mais). Eu preciso detestar-te. Todos os factos e argumentos estão contra ti. Mas não. Continuo a sentir tudo o que me deste e dás. Preciso que alimentes esta esperança de amanhã estares comigo (mesmo que não estejas). Preciso de te sentir mesmo que de longe. Esta necessidade de ti consome-me num tic-tac emocional. E eu sinto-me sozinha, tão sozinhas, tão sem ti, tão sem mim... Maldito vício de ti. Estúpida, inútil, infeliz. Sim, sou eu.
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