Acordei e tu não estavas. Mais uma vez sozinha, mais uma vez sem ti. Todas as manhãs encontro a tua ausência deitada ao meu lado, nesta cama já fria. Começa a ser um vício. Meu ou teu não sei. Mas provavelmente, quando acordar, e estiveres ao meu lado, sentirei falta da tua ausência. Com o tempo esqueço-me do teu cheiro e do teu sabor. Já não sei sentir o teu toque, já nem sei como é tocar-te. Porque agora ambos somos sul sem norte e todo o magnetismo desapareceu. Mas tu não entendes. E eu não faço questão de te explicar. Já gastei as palavras e os silêncios. E nenhum dos dois te trouxe de volta...
Hoje é um novo dia. Decidi. Fiz as malas. Vou partir. Não mudei os lençóis. Mas, deixei-te a minha ausência em cima da cama.
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